Há muito, muito tempo havia
uma velha chamada Luciana que tinha um galo diferente de todos os outros. Ela
vivia no lugar da Ordem.
Todos os anos colocava 18
ovos numa caixa de madeira que eram chocados por uma galinha. Quando os
pintainhos se transformavam em frangos eram levados à feira onde eram vendidos.
Um ano, apenas um pintainho
nasceu. Era careca e mudo. Por ser diferente, foi abandonado tanto pela velha
Luciana como pelos outros animais. O pinto cresceu sozinho e enfezado.
Depois de um dia de
trabalho, a velha Luciana sentou-se à lareira e adormeceu. Uma brasa saltou e
pegou fogo à saia. O pinto, ao ver o perigo, começou a picar as pernas da dona
para a acordar. Ela acordou e apagou o fogo da sua saia.
Desde esse dia, os dois
ficaram grandes amigos. Luciana passou a dar-lhe muita comida: arroz, massa,
hortaliça, batatas e até bocadinhos de carne.
Um dia, quando andava a
esgravatar no quintal, o galo encontrou algo brilhante e tentou engoli-lo. A moeda
ficou presa na garganta De tanto se esforçar para engolir, desmaiou. A velha
encontrou-o, tirou-lhe a moeda da garganta e levou-o para junto do fogão.
De manhã, a velha Luciana
reparou que o galo estava diferente e vivo. Tinha a crista roxa, bico azul e
penas douradas. E até cantava: Totatitetuuuu!
A velha mostrou o galo aos
vizinhos e este tornou-se o galo mais famoso na redondeza. Nunca mais se
separaram e viveram felizes para sempre.
Moral
da história: A amizade vale mais que o dinheiro.
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